Controle de temperatura de vacinas: como garantir a qualidade e a eficácia
As vacinas são produtos farmacológicos altamente sensíveis à temperatura. Por conta disso, toda fabricante descreve uma série de condições adequadas para a conservação de sua eficácia ao longo da cadeia de distribuição, sendo a faixa de temperatura aceitável para armazenamento um dos itens mais importantes.
Além da execução do controle de temperatura, a Anvisa determina através da RDC 17/2010 uma série de práticas adequadas para garantir a qualidade de produto biológicos sensíveis à temperatura, assim como as RDC 430/2020 e RDC 653/2022 tratam sobre as boas práticas de armazenamento e distribuição desses produtos.
Neste artigo, vamos explicar a importância de manter o controle de temperatura de vacinas, além de detalhar as melhores práticas e soluções para sua conservação adequada. Confira!
Por que o controle de temperatura para vacinas é tão importante?
A temperatura de uma vacina está diretamente ligada à sua capacidade imunogênica, ou seja, a capacidade que a vacina tem de provocar uma resposta imunológica adequada em um paciente.
Isso ocorre porque as vacinas têm componentes biológicos sensíveis, como proteínas e antígenos, que podem ser facilmente danificados por exposições inadequadas, seja pelo seu congelamento ou seu superaquecimento.
Desse modo, a aplicação de vacinas que não foram armazenadas corretamente pode resultar em uma resposta imune com eficácia menor do que a espera ou até mesmo ineficaz.
Como deve ser feita a conservação das vacinas?
A conservação adequada das vacinas é essencial para garantir sua eficácia. Por isso, é importante que elas sejam armazenadas nas faixas de temperatura recomendadas para produtos termolábeis (sensíveis à temperatura).
Veja na tabela abaixo as faixas de temperatura para vacinas que podem ser congeladas segundo o Manual para Rede de Frio do PNI (Programa Nacional de Imunizações):
Alguns vacinas, entretanto, não podem ser congeladas. Nesse caso, elas devem ser armazenadas somente na faixa de temperatura para produtos termolábeis. Veja quais são a seguir:
É importante lembrar que, além do armazenamento em temperatura adequada e do monitoramento em tempo real, existem outros cuidados a serem considerados para a conservação das vacinas. Confira alguns deles abaixo!
Controle de exposição à luz
Um dos principais cuidados é o controle de exposição à luz, especialmente a luz solar direta. Como esse tipo de exposição pode afetar sua estabilidade, as embalagens geralmente são projetadas para bloquear a luz, além de garantir o armazenamento em locais onde não haja exposição direta à luz intensa.
Quanto ao armazenamento, o Manual de Rede de Frio do Plano Nacional de Imunizações define que as vacinas devem ser armazenadas em três tipos de embalagens:
- a embalagem primária, como o frasco que envolve o produto;
- a embalagem secundária, como a caixa que leva vários fracos;
- e a embalagem terciária, que envolve a embalagem secundária e tem contato direto com o ambiente externo.
Desse modo, as embalagens garantem tanto a conservação térmica quanto a segurança contra a exposição à luz solar.
Controle de exposição cruzada
Outra medida importante para a conservação das vacinas é o controle de contaminação cruzada. Por conta disso, cada frasco de vacina deve ser utilizado apenas uma vez e não deve ser compartilhado entre diferentes pacientes. Além disso, é fundamental adotar práticas adequadas de higiene, como a lavagem das mãos e o uso de luvas estéreis ao manusear as vacinas.
Algumas medidas também envolvem os refrigeradores e freezers onde as vacinas são armazenadas. Esses equipamentos devem ser limpos regularmente e mantidos em bom estado de funcionamento. Nesse caso, a limpeza adequada ajuda a prevenir a contaminação e evita o acúmulo de gelo ou sujeiras que possam comprometer o desempenho dos equipamentos e afetar a temperatura.
O controle de temperatura faz parte da farmacovigilância de vacinas
A Anvisa define que o principal objetivo da farmacovigilância de vacinas é “aprimorar o conhecimento da relação benefício-risco desses produtos e minimizar os efeitos nocivos à população”.
Além disso, o órgão complementa explicando que a farmacovigilância é fundamentada “na obtenção de dados completos a partir de notificações espontâneas de eventos adversos, de modo a atribuir causalidade em relação ao produto administrado, e comunicar riscos e esclarecimentos à população”.
Desse modo, obter dados seguros sobre o histórico da temperatura desse tipo de produto farmacêutico sensível é fundamental para rastrear a origem de qualquer perda de eficácia ou de qualidade que podem causar efeitos inesperados.
Qual a temperatura ideal para o armazenamento das vacinas e imunobiológicos?
A temperatura ideal para o armazenamento das vacinas pode variar de acordo com o tipo de imunobiológico. Geralmente, a faixa de temperatura recomendada é entre +2°C e +8°C.
No entanto, algumas vacinas requerem temperaturas mais baixas. Por conta disso, é imprescindível seguir as recomendações do fabricante de cada vacina em relação à temperatura de armazenamento específica, já que, a depender da etapa na cadeia de transporte, uma faixa de conservação diferente pode ser necessária.
Qual a temperatura ideal para transporte de vacinas?
O transporte das vacinas também requer cuidados especiais para garantir a qualidade dos produtos.
A temperatura ideal para o transporte de vacinas também varia conforme as recomendações específicas do fabricante. No entanto, a temperatura de transporte também costuma seguir a faixa entre +2°C e +8°C.
Para esse tipo de transporte, é recomendado uso de recipientes isolados e projetados para manter a temperatura estável por um determinado período de tempo, sejam eles baseados em sistemas ativos ou passivos de controle de temperatura.
Além disso, é fundamental monitorar continuamente a temperatura durante o transporte por meio de instrumentos de monitoramento, de acordo com normas com a RDC 430/2020 e a RDC 653/2020.
Como controlar a temperatura e a umidade das vacinas?
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Isso otimiza o trabalho de todos os envolvidos na operação para corrigir problemas antes que afetem a qualidade das vacinas.
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