Por que a biossegurança é tão importante na saúde e no setor farmacêutico

Biossegurança setor farmacêutico

A biossegurança é um tema que impacta todas as atividades laboratoriais — sejam elas clínicas, de pesquisa ou industriais — assim como outras esferas da saúde e do setor farmacêutico. 

Isso ocorre porque a manipulação indevida de agentes biológicos como vírus, fungos, bactérias ou moléculas de RNA e DNA pode causar contaminações, surtos e acidentes, afetando tanto os profissionais envolvidos quanto a população em geral. 

Por conta da complexidade desse tipo de atividade, o Brasil criou a Lei 11.105/2005, conhecida como Lei de Biossegurança. Assim, o país estabeleceu diretrizes para a pesquisa e a manipulação de organismos geneticamente modificados e substâncias potencialmente perigosas. 

Acompanhe este guia SyOS para conhecer algumas das práticas necessárias para garantir a biossegurança no setor farmacêutico e na área da saúde. Boa leitura! 

O que é biossegurança?

biossegurança

Segundo a definição da Anvisa, biossegurança é a condição de segurança alcançada por meio de ações de prevenção, controle, redução ou eliminação de riscos em atividades que possam comprometer a saúde humana, animal ou o meio ambiente. 

Em primeiro lugar, além de uma prática, a biossegurança também é considerada uma área do conhecimento dedicada à análise de riscos e à criação de soluções para evitar acidentes e contaminações com materiais biológicos. 

Além disso, nos setores da saúde e farmacêutico, a biossegurança está presente em diversos processos, desde a manipulação de amostras biológicas até a formulação de medicamentos e vacinas. A biossegurança também tem o objetivo de proteger não apenas os trabalhadores envolvidos nessas atividades, mas pacientes e consumidores. 

Por isso, um dos requisitos para garantir a biossegurança no setor farmacêutico é o controle ambiental (temperatura e umidade) dos locais de fabricação, distribuição e armazenagem de medicamentos e vacinas. 

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Biossegurança na área da saúde e nos laboratórios 

A biossegurança é essencial na área da saúde e nos laboratórios, já que esses setores lidam diariamente com a exposição a agentes biológicos e infecciosos. Veja abaixo alguns temas relacionados à biossegurança nessas duas áreas: 

a. Tipos de riscos relacionados à biossegurança 

Em primeiro lugar, para garantir a biossegurança, empresas e serviços precisam mapear os riscos envolvidos em cada atividade. Assim, é necessário identificar os riscos e classificá-los em grupos distintos. Entenda os tipos de riscos: 

  • risco biológico: está relacionado à exposição a agentes infecciosos como vírus, bactérias, fungos e protozoários. Esse risco é particularmente relevante em laboratórios de análises clínicas, hospitais e indústrias de biotecnologia; 
  • risco químico: envolve o contato com substâncias tóxicas, corrosivas ou inflamáveis. Em laboratórios e na indústria farmacêutica, o uso de reagentes e solventes faz parte da rotina, tornando o controle desse risco essencial; 
  • risco físico: esse tipo de risco tem relação com a exposição a radiações ionizantes, ruídos excessivos, temperaturas extremas e pressões elevadas, presentes em muitos ambientes laboratoriais; 
  • risco ergonômico: está relacionado a posturas inadequadas, repetição de movimentos e esforço físico, comuns em atividades laboratoriais de longa duração; 
  • risco de acidentes: incluem cortes, queimaduras, quedas e choques elétricos, que podem ocorrer em virtude do manuseio de instrumentos e equipamentos. 

b. Classificação de risco dos agentes biológicos 

Risco biológico

Os agentes biológicos também são classificados de acordo com a definição criada pelo Ministério da Saúde. Essa categorização considera critérios como virulência, modo de transmissão, estabilidade, volume manipulado, origem do material, existência de medidas profiláticas e tratamento eficaz. 

Confira a classificação do Ministério da Saúde: 

  • Classe 1: inclui os agentes biológicos de baixo risco individual e comunitário; 
  • Classe 2: abrange agentes de risco individual moderado e risco comunitário limitado; 
  • Classe 3: inclui os agentes de risco individual elevado e risco comunitário moderado; 
  • Classe 4: nesta classe, estão os agentes biológicos de alto risco individual e comunitário. 

c. Biossegurança nos laboratórios (clínicos, de pesquisa e industriais) 

Em terceiro lugar, garantir a biossegurança nos laboratórios envolve diversas ações: desde a obtenção de licenças específicas para trabalhar com agentes infectantes até a implementação de protocolos de descarte de resíduos biológicos. Além disso, é necessário proteger os profissionais da exposição ocupacional a patógenos. 

Alguns exemplos de medidas são:

  • Barreiras de proteção;
  • Equipamentos de Proteção Individual (EPIs);
  • Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs);
  • Sistemas de ventilação controlada;
  • Descontaminação de superfícies;
  • Monitoramento das condições ambientais. 

O descuido em qualquer uma dessas etapas pode comprometer não apenas a saúde dos trabalhadores, mas também a integridade das pesquisas e produtos desenvolvidos. 

d. Barreiras de proteção e níveis de biossegurança (NB1, NB2, NB3 e NB4) 

Barreiras de proteção 

As barreiras de proteção adotadas nos laboratórios podem ser subdividas em dois grupos: 

  • as barreiras primárias incluem os equipamentos de segurança, como cabines de segurança biológica, luvas, aventais, óculos de proteção e máscaras; 
  • já as barreiras secundárias envolvem aspectos estruturais do laboratório, como salas seladas, portas com antecâmara e sistemas de ventilação com filtros HEPA. 

Dessa forma, a definição de quais barreiras e procedimentos devem ser adotados também depende do nível de biossegurança atribuído a cada laboratório. 

Níveis de biossegurança dos laboratórios (NB1, NB2, NB3 e NB4) 

O nível de segurança de um laboratório depende das atividades desenvolvidas e dos agentes biológicos manipulados no local. Por isso, os laboratórios são classificados em quatro Níveis de Biossegurança (NB): 

  • NB1: nível atribuído aos laboratórios que manipulam agentes com baixo risco; 
  • NB2: envolve a manipulação de agentes com risco moderado; 
  • NB3: inclui agentes com risco elevado; 
  • NB4: atribuído a laboratórios que lidam com agentes de altíssimo risco e sem tratamento eficaz. 

Curiosidade: o Brasil está prestes a inaugurar seu primeiro laboratório de biossegurança NB4: o Laboratório Orion, localizado em Campinas-SP. Este marco representa um avanço significativo para o país no cenário da pesquisa biomédica de alto risco. 

Entenda melhor os requisitos para cada nível de biossegurança em laboratórios na tabela abaixo: 

Requisitos para biossegurança em laboratórios

e. A relação da temperatura com a biossegurança 

A temperatura, assim como a luz e a umidade, é um fator crítico na biossegurança. 

A proliferação de agentes infecciosos está diretamente ligada às condições ambientais de um local e dos insumos manipulados. Variações de temperatura podem, por exemplo, provocar a liberação de aerossóis contaminantes em laboratórios. 

Por isso, o controle de condições ambientais é previsto em uma série de normas que impactam o setor farmacêutico e a área da saúde, como a RDC 658, que aborda as Boas Práticas de Fabricação de medicamentos. 

CONHEÇA 

f. Normas, órgãos e documentos importantes sobre biossegurança 

A biossegurança no Brasil é regulamentada por um conjunto robusto de normas que devem ser seguidas por todas empresas e serviços que manipulam agentes biológicos ou produtos derivados desses agentes. 

Veja alguns exemplos:  

  • Lei 11.105/2005: conhecida como Lei de Biossegurança, a lei estabelece normas para o uso de organismos geneticamente modificados (OGMs) e para o controle de atividades envolvendo agentes biológicos potencialmente perigosos. Além disso, essa legislação criou o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) no Brasil; 
  • NR 32: essa Norma Regulamentadora trata sobre segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde, estabelecendo requisitos para prevenir a exposição a riscos biológicos, químicos e físicos. A NR 32 traz obrigações como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), vacinação dos profissionais, sinalização de áreas de risco, assim como protocolos de descarte de resíduos; 
  • IN 36/2019: essa Instrução Normativa determina as Boas Práticas de Fabricação (BPF) para medicamentos e insumos biológicos. A IN aborda temas como o Gerenciamento de Risco da Qualidade (GRQ) e os requisitos para a fabricação em condições controladas, como a prevenção da contaminação cruzada, o controle ambiental e a capacitação dos profissionais envolvidos. 

SyOS: controle de temperatura para a biossegurança de medicamentos biológicos e termolábeis 

sistema validável de monitoramento de temperatura syos

A SyOS é uma startup especializada no monitoramento ambiental inteligente com Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA). 

Com sensores conectados à internet e um sistema de gestão online, indústrias, laboratórios e centros de pesquisas podem monitorar temperatura e umidade 24 horas por dia com dados visíveis em tempo real pela internet. 

A solução da SyOS também facilita a rastreabilidade da temperatura ao longo de toda a cadeia fria porque pode ser instalada em centros de distribuição, veículos de transporte, pontos de vendas e nos serviços de saúde.  

Veja como a SyOS garante produtos biológicos seguros e na temperatura certa: 

  • Sensores com certificado de calibração 
  • Dados de temperatura e umidade em tempo real (medições automáticas a cada 5 minutos) 
  • Trilhas de auditorias 
  • Dados rastreáveis e relatórios com assinatura eletrônica 
  • Alarmes com detecção de riscos 
  • Controle de acesso com diferentes níveis de permissão de usuário 

Agende sua demonstração grátis e veja como a SyOS garante a biossegurança de medicamentos e demais produtos termolábeis. 

Sobre a SyOS

Somos uma startup que tem o objetivo de revolucionar a cadeia do frio no Brasil, através de tecnologias de IoT e Inteligência Artificial aplicadas no monitoramento de produtos que precisam de uma temperatura ideal para manter sua qualidade, como alimentos, vacinas e medicamentos.    

Com isso, empresas que atuam com a gestão do frio têm acesso a dados, relatórios e alertas que ajudam a tomar decisões para otimizar suas operações, evitar a não conformidade e reduzir prejuízos. 

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