Imunobiológicos: o que são, para que servem e como armazenar

Os medicamentos imunobiológicos também são conhecidos como biofármacos. Mas você sabe o que isso significa? Quer dizer que para obter essa categoria de remédios, é necessário recorrer a fontes ou processos biológicos.
Ou seja, as indústrias obtêm o princípio ativo desses medicamentos por meio do emprego industrial de microrganismos como vírus, células vivas ou bactérias. Estes são inativados, modificados e programados para produzir certo resultado no corpo humano. Geralmente, as indústrias fazem isso por meio da tecnologia DNA recombinante.
Os imunobiológicos podem ter tanto o formato de vacinas como de medicamentos, e contribuem para tratar ou evitar diversas doenças. Porém, o ponto crítico para garantir a eficiência desses produtos está em seu processo de conservação.
Isso porque fatores como armazenamento incorreto, falta de monitoramento da temperatura e falta de cuidados na manipulação podem comprometer a qualidade e a segurança desses fármacos e vacinas, e até inativar os componentes imunogênicos.
Assim, em vez de contribuírem para a melhoria dos pacientes, podem trazer sérios riscos à saúde. Neste artigo, você poderá entender um pouco mais sobre os imunobiológicos e os cuidados necessários para garantir sua eficácia. Continue conosco!
O que são imunobiológicos?

Imunobiológicos são vacinas e medicamentos que possuem substâncias antigênicas. Ou seja, aquelas que desencadeiam uma resposta do sistema imunológico quando entram no organismo.
Geralmente, esses tratamentos resultam na produção de anticorpos. Além disso, o uso destes produtos inclui tanto a imunização como para terapias ativas e passivas.
Os imunobiológicos são produzidos em laboratório, e utilizam células vivas. Assim, conseguem simular processos naturais do corpo humano para ajudar o sistema imunológico a reagir diante de certas doenças.
Dessa forma, sua atuação é diferente dos medicamentos tradicionais, que normalmente tratam somente os sintomas das doenças. Isso porque os imunobiológicos atuam diretamente na raiz do problema.
Para que serve o tratamento imunobiológico?
Dessa maneira, o tratamento imunobiológico é bastante eficiente para tratar doenças autoimunes e inflamatórias. Além disso, é utilizado para o tratamento de certos tipos de câncer, doenças alérgicas graves e na prevenção de enfermidades, por meio de vacinas.
Os medicamentos imunobiológicos são administrados por via intravenosa, subcutânea ou oral, no formato de comprimidos. Profissionais de saúde devem acompanhar o processo para assegurar a eficiência do tratamento e a segurança do paciente.
Esse tipo de tratamento traz resultados promissores no alívio de sintomas e aumento da qualidade de vida de pacientes. Em especial, em casos em que outros tipos de tratamentos não trazem os resultados esperados.
Além disso, o fato de eles atuarem diretamente nas células ou nas substâncias que causam as inflamações reduzem seus efeitos colaterais. Quando comparados a tratamentos tradicionais, que atuam no corpo todo, os resultados são ainda mais positivos.
Quais são os principais medicamentos imunobiológicos?
Confira abaixo os principais tipos de medicações imunobiológicas:
Vacinas
As vacinas imunobiológicas têm como objetivo induzir a imunidade e prevenir doenças infecciosas e sequelas. Para isso, seu preparo utiliza microrganismos vivos, mortos ou frações, atenuados ou inativados, que possuem propriedades antigênicas.
Toxoide
Toxoide é o nome de uma toxina bacteriana modificada para se tornar não-tóxica, porém que continua com a capacidade de incitar a formação de anticorpos. Exemplos disso são as vacinas contra tétano, difteria e botulismo.
Globulina imunológica (GI)
Essa solução estéril contém anticorpos de sangue humano e é administrada de maneira intramuscular. Esse tipo de tratamento é indicado para a manutenção da imunidade em pessoas imunodeficientes, e também na imunização contra hepatite e sarampo.
Imunoglobulina intravenosa (IGIV)
Semelhante à GI, a IGIV é preparada para administração intravenosa. Indicada para casos de deficiência de anticorpos, para o tratamento da doença de Kawasaki, púrpura trombocitopênica imune, hipogamaglobulinemia na leucemia linfocítica crônica e alguns casos de infecção pelo HIV.
Imunoglobulina específica
Preparação especial que conta com um alto volume de anticorpos contra antígenos específicos, como a imunoglobulina da hepatite B, tétano e outras.
Antitoxina
Essa é uma solução de anticorpos que deriva do soro de animais imunizados com antígenos específicos. Indicadas para incentivar a imunidade passiva e o tratamento de algumas doenças.
Os imunobiológicos tratam quais doenças?
Os imunobiológicos são indicados, principalmente, para o tratamento de doenças autoimunes. Por exemplo, o tratamento de pessoas com as seguintes condições pode ser feito por meio dos medicamentos imunobiológicos:
- Cânceres;
- Hepatite;
- Doenças inflamatórias nas quais o sistema imune ataca o próprio corpo;
- Artrite Reumatoide;
- Psoríase;
- Diabetes tipo 2;
- Artrite psoriásica;
- Lupus eritematoso sistêmico;
- Esclerose múltipla;
- Espondilite anquilosante.
Apesar de não haver cura para doenças autoimunes, os imunobiológicos auxiliam os pacientes a conviverem com elas mantendo sua qualidade de vida. Isso porque aliviam os sintomas que se repetem no próprio organismo.
Como armazenar imunobiológicos corretamente?

Até aqui, trouxemos um panorama dos medicamentos imunobiológicos. Porém, agora chegamos em um ponto crucial: o armazenamento correto dos produtos imunobiológicos. Continue essa leitura para entender mais sobre a importância desse tópico.
Os imunobiológicos são sensíveis às alterações de temperatura, ou seja, ao excesso de calor ou frio. Essas variações podem comprometer o potencial de imunização dos produtos e reduzir ou mesmo acabar com seus efeitos.
Isso porque os imunobiológicos são produtos termolábeis e precisam de um armazenamento adequado. Somente assim, é possível preservar suas características, garantindo sua segurança e qualidade.
Não cumprir as recomendações de armazenamento e manuseio desses produtos pode fazer com que eles percam sua eficácia. Por isso, é fundamental seguir as recomendações do fabricante e do Manual da Rede de Frio para assegurar a máxima eficiência.
SAIBA TUDO sobre a temperatura de vacinas e termolábeis!
Em qual temperatura armazenar os imunobiológicos?
A temperatura de armazenamento ideal para os imunobiológicos está na faixa entre +2ºC e +8ºC. Além disso, os profissionais devem monitorar e controlar a temperatura dos equipamentos de refrigeração para assegurar que os produtos estão em condições adequadas.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a utilização de instrumentos de monitoramento contínuo das temperaturas. Além disso, os imunobiológicos devem ser armazenados em equipamentos corretos, como câmaras refrigeradas e refrigeradores científicos.
O que é a rede do frio?
A rede do frio engloba toda a infraestrutura de refrigeração e os processos de monitoramento de temperatura dos fármacos. Ela inclui cuidados desde o recebimento até o transporte, armazenamento e distribuição dos imunobiológicos.
Além dos medicamentos e vacinas, cobre os hemoderivados, amostras laboratoriais e outros itens que podem perder suas características devido às variações da temperatura.
O programa também compartilha a responsabilidade pelo controle ambiental entre todos os envolvidos no processo logístico. Tudo isso para garantir a qualidade e a segurança de produtos relacionados à saúde.
TIRE TODAS AS SUAS DÚVIDAS sobre a Rede de frio do PNI!
Qual a importância do controle de temperatura?
O controle de temperatura é essencial para garantir o efeito e a segurança dos medicamentos e imunizantes imunobiológicos.
As variações ou exposições à temperatura, afetam as propriedades básicas dos imunobiológicos. Ou seja, suas características terapêuticas e biológicas podem se alterar.
Quando isso acontece e os profissionais não têm os meios de controle adequados e não realizam as correções ou descartes, quem corre risco são os pacientes. Isso porque as variações na temperatura podem prejudicar as vacinas, medicamentos ou hemoderivados.
Dessa forma, o controle de temperatura é fundamental para o manuseio de qualquer tipo de material imunobiológico. Além disso, a rede do frio é essencial para estabelecer e assegurar o controle desde o transporte até o armazenamento desses produtos.
Erros comuns no armazenamento de imunobiológicos
Confira os principais erros no armazenamento de imunobiológicos que podem comprometer sua segurança e eficácia:
Falta de monitoramento de temperatura
A temperatura de conservação desses materiais é vital para assegurar sua eficácia, e deve ser a principal preocupação dos profissionais envolvidos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exige o registro contínuo da temperatura do refrigerador de vacinas. Assim, a cada ação que o equipamento sofre, é necessário fazer o registro. Por exemplo: abertura de porta, degelo, desligamento e outros.
Porém, se o monitoramento for manual, há um grande risco de que ele não seja tão preciso. Isso porque qualquer oscilação que ocorra durante a noite ou em períodos de muito movimento pode passar despercebida e ainda assim, comprometer os produtos.
Dessa forma, a falta de monitoramento da temperatura aumenta os riscos de prejuízo aos materiais imunobiológicos. Por isso, é fundamental contar com soluções que realizem o monitoramento constante.
A boa notícia é que é possível contar com tecnologias de monitoramento 24×7 e ter um agente dedicado exclusivamente a essa tarefa. Fale com a SyOS e descubra como resolver essa questão!
Armazenamento inadequado de imunobiológicos
Outro erro comum é o armazenamento dos materiais em refrigeradores inadequados. Isso porque a conservação em geladeiras convencionais traz um risco enorme para a segurança dos imunobiológicos.
Os sistemas de refrigeração comuns não têm o isolamento térmico, ventilação e recuperação térmica adequados para esse tipo de material. Todos esses fatores dificultam manter a faixa de temperatura ideal, entre 2ºC e 8ºC.
Transporte inadequado
O transporte dos imunobiológicos é outro fator de risco desafiador. Isso porque qualquer descuido durante o caminho pode colocar todos os produtos em risco. Assim, também é essencial controlar a temperatura ao longo dos trajetos para garantir a eficácia e a segurança dos materiais.
Assim, é necessário optar por veículos e meios de transporte com isolamento eficiente e tecnologias de monitoramento de temperatura ao longo de toda a rota.
O que a legislação diz sobre o armazenamento de imunobiológicos?

Existem diversas legislações que falam sobre o armazenamento correto de imunobiológicos. As principais delas são a RDC 430 e a RDC 653, que atualizou a resolução anterior.
Por exemplo, a legislação determina que os medicamentos termolábeis (sensíveis à temperatura) devem ter uma exposição minimizada nos momentos de recebimento e expedição. Além disso, traz diversas outras orientações para a conservação dos mesmos.
Confira as principais recomendações gerais sobre o armazenamento desse tipo de produto:
- Os profissionais que manuseiam materiais imunobiológicos devem ter conhecimentos e competências relacionados ao transporte, conservação e armazenamento desses produtos;
- As instalações devem ser adequadas e adaptadas, caso necessário;
- É necessário usar equipamentos de refrigeração exclusivos para o armazenamento de materiais imunobiológicos, com tecnologias que garantam a conservação eficaz, mesmo em casos de falhas no fornecimento de energia;
- Os equipamentos devem estar devidamente calibrados e permitir o monitoramento contínuo de temperatura;
- É preciso registrar diariamente as temperaturas mínimas e máximas dos equipamentos de refrigeração;
- Os materiais devem ser transportados por meio de equipamentos como câmaras portáteis destinadas a essa finalidade e com ferramentas de monitoramento e conservação das temperaturas.
Plano de contingência com sensores inteligentes
Qualquer serviço de saúde que lide com imunobiológicos precisa contar com um plano de contingência para o armazenamento desses materiais. Esse documento deve listar os procedimentos a serem adotados quando o equipamento de refrigeração apresentar falhas.
Por exemplo, em casos de interrupção no fornecimento de energia, o equipamento deve permanecer fechado, e é necessário monitorar rigorosamente a temperatura interna. Caso não haja restabelecimento da energia ou se a temperatura estiver perto de 7ºC, os produtos devem ser transferidos imediatamente para outro equipamento com a temperatura adequada.
Esse exemplo reforça bem a importância de contar com tecnologias de monitoramento, como os sensores de temperatura inteligentes da SyOS. Essa tecnologia usa internet das coisas (IoT) para monitorar a temperatura dos equipamentos 24×7.
Além disso, envia alarmes para os gestores quando a temperatura foge dos parâmetros preestabelecidos. Tudo isso para garantir a qualidade e a segurança dos termolábeis e evitar riscos aos pacientes.
5 pontos essenciais sobre imunobiológicos
Os imunobiológicos são produtos utilizados para incentivar o sistema imunológico a produzir uma resposta contra doenças. Altamente eficazes e indicados para tratamentos específicos, esses materiais devem ser armazenados de maneira cuidadosa e seguindo parâmetros específicos.
Confira cinco pontos essenciais sobre imunobiológicos:
- Imunobiológicos são essenciais para a prevenção e o tratamento de algumas doenças
Seja por meio de vacinas preventivas ou medicamentos, eles ajudam a aumentar a qualidade de vida de toda a população; - O papel dos imunobiológicos no tratamento de doenças
Esses medicamentos são eficazes para tratar condições como lúpus e artrite reumatóide, e melhoram as condições de pacientes com doenças autoimunes; - O armazenamento correto é essencial
Utilizar geladeiras comuns, fazer o transporte de maneira inadequada e não monitorar a temperatura pode colocar a saúde dos pacientes em risco; - A rede do frio é essencial para os imunobiológicos
O controle de temperatura em todas as etapas, desde a fabricação até a distribuição desses produtos, é crucial para sua eficácia e segurança; - A tecnologia é uma importante aliada
Para garantir que os materiais estejam em condições adequadas 24×7, é preciso contar com ferramentas de controle e que enviem alertas quando há alterações fora do ideal.
Conte com a tecnologia da SyOS para garantir a qualidade e a segurança dos pacientes que utilizam o tratamento imunobiológico em seu negócio! Fale com um de nossos especialistas e descubra como podemos ajudar:
Para saber mais sobre como otimizar as operações relacionadas à temperatura na indústria farmacêutica, continue acompanhando nosso blog!
Sobre a SyOS
Somos uma startup que tem o objetivo de revolucionar a cadeia do frio no Brasil, através de tecnologias de IoT e Inteligência Artificial aplicadas no monitoramento de produtos que precisam de uma temperatura ideal para manter sua qualidade, como alimentos, vacinas e medicamentos.
Com isso, empresas que atuam com a gestão do frio têm acesso a dados, relatórios e alertas que ajudam a tomar decisões para otimizar suas operações, evitar a não conformidade e reduzir prejuízos.
Descubra mais sobre a SyOS ou entre em contato com o nosso time de especialistas para conhecer melhor nossa solução.