Temperatura de armazenamento de carnes: o que a legislação para supermercados e serviços de alimentação diz?

Alguns levantamentos do mercado mostram que o índice de perdas dos supermercados pode afetar 2,3% do seu faturamento.

Do total das perdas de produtos, cerca de 4% estão associadas à refrigeração, ou seja, têm relação com a temperatura de armazenamento de carnes, peixes e outros alimentos perecíveis.

Já as perdas por perecibilidade, que são associadas a alimentos preparados ou parcialmente manipulados no local, podem chegar a 26%.

Outro fator preocupante é a conformidade, já que as empresas devem garantir Boas Práticas que vão além do controle de temperatura, com procedimentos específicos para higienização, manipulação e estocagem.

Neste guia SyOS, você verá nossa seleção de normas e legislações para supermercados, açougues e serviços de alimentação, assim como tabelas de temperatura de armazenamento de carnes. Boa leitura! 

Temperatura de alimentos e carnes: legislação da Anvisa e normas regionais

temperatura de armazenamento de carnes

Existem normas nacionais (Anvisa), estaduais e municipais que tratam sobre a temperatura de alimentos perecíveis, especialmente as carnes e seus produtos derivados. 

Entre as nacionais, a RDC 275 da Anvisa define procedimentos para empresas que produzem ou industrializam alimentos e traz uma lista de verificação de Boas Práticas.

A RDC 216, por outro lado, trata das Boas Práticas para serviços de alimentação. 

No entanto, é comum que legislações mais específicas sejam feitas pelas secretarias municipais e estaduais.

No Estado de São Paulo, por exemplo, a Portaria CVS 5/2013 é uma das mais importantes para serviços de alimentos, enquanto a Portaria 2619/11 SMS traz orientações específicas para supermercados da capital do estado.

Mas antes de conhecê-las, é importante saber que essas normas diferenciam os processos de recebimento, armazenagem e manipulação de carnes.

Diferença entre temperatura de recebimento, armazenagem e manipulação  

As faixas de referência para a temperatura costumam mudar devido às particularidades de cada processo. Por isso, as normas diferenciam as etapas de recebimento, armazenagem e manipulação. Entenda essas diferenças:  

  • temperatura de recebimento: nessa etapa, as faixas de temperatura costumam ser menos rígidas, já que os produtos são retirados do veículo e são expostos à área de recebimento brevemente;
  • temperatura de armazenagem: nos locais de armazenagem e estocagem, as faixas de temperaturas aceitáveis costumam ser mais rígidas, já que esses são os locais onde os produtos passam mais tempo;
  • temperatura de manipulação: as temperaturas de manipulação costumam ser maiores, mas só são aceitas por tempo limitado e nas condições de manuseio e higienização adequadas, tentando evitar a perda ou a contaminação dos produtos. 

Sabendo a diferença entre recebimento, armazenagem e manipulação, fica mais fácil entender os termos usados pelas secretarias estaduais e municipais espalhadas pelo país. 

Nos exemplos abaixo, listamos as orientações de secretarias do Estado de São Paulo. Confira! 

Supermercados e açougues: saiba a temperatura de carnes e pescados 

temperatura de armazenamento de carnes legislação

Um dos documentos de referência para determinar as faixas de temperatura de carnes em supermercados e hipermercados é a Portaria 2619/11 SMS da capital paulista.

Também há documentos complementares a essa norma, como a lista de verificação de Boas Práticas da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), assim como o guia de verificação de Boas Práticas de manipulação para açougues e peixarias, que segue as mesmas faixas de referência.

Veja quais são as faixas de temperatura recomendadas: 

A) Temperatura de recebimento dos produtos 

  • Peixes e pescados refrigerados: máxima de 3°C. 
  • Carnes bovina ou de frango refrigeradas: máxima de 7°C. 
  • Carnes e pescados congelados: igual ou inferior a -12°C. 

O recebimento de demais produtos (como hortifruti e a categoria FLV — Frutas, legumes e verduras) deve ocorrer com temperatura máxima de 10°C. 

B) Temperatura de armazenagem das carnes e pescados 

  • Peixes e pescados refrigerados: máxima de 2°C. 
  • Carnes bovina ou de frango refrigeradas: máxima de 4°C. 
  • Carnes e pescados congelados: igual ou inferior a -18°C. 

Para o armazenamento de demais produtos (como hortifruti e FLV), o documento informa que a temperatura máxima deve ser de 10°C. 

Importante: essas faixas devem ser seguidas na ausência de orientações dos fabricantes. 

C) Temperatura de manipulação e tempo limite

  • Temperatura ambiente: no máximo 30 minutos. 
  • Faixa entre 12°C e 18°C: no máximo 2 horas. 

D) Outras Boas Práticas de qualidade em mercados e supermercados 

A lista de verificação da Covisa para supermercados traz outras Boas Práticas relevantes para o controle de qualidade de carnes: 

  • a responsabilidade técnica da operação deve ser exercida por profissional legalmente habilitado; 
  • as equipes de controle de qualidade devem monitorar diariamente a temperatura em equipamentos de frio e térmicos, com o devido registro dos dados em planilhas; 
  • é necessário manter planilhas de registro de temperatura (tanto de recebimento quanto de armazenagem dos produtos) durante período adequado para checagens posteriores; 
  • devem ser mantidos registros de manutenção de equipamentos, incluindo os equipamentos de refrigeração; 
  • também é necessário manter registros de calibração de instrumentos, incluindo os instrumentos de medição de temperatura. 

ALTA PRECISÃO E CALIBRADO: Veja como o sensor de temperatura inteligente da SyOS funciona  

Serviços de alimentação e estabelecimentos comerciais: temperatura de carnes e pescados 

temperatura de armazenamento de pescados

Além das orientações específicas para supermercados (como as que são trazidas pela norma municipal acima), também há normas estaduais relacionadas à temperatura dos alimentos.

A Portaria CVS 5/2013, por exemplo, é uma norma de Boas Práticas que abrange todo o Estado de São Paulo e deve ser aplicada em dois tipos de estabelecimentos: 

  • estabelecimentos comerciais de alimentos: incluem supermercados, hipermercados, mercados, lojas de conveniência, mercearias, padarias, açougues, atacadistas etc. que expõem alimentos industrializados, produtos de hortifruti, carnes e pescados, alimentos preparados (embalados ou não), seja para vendas diretas ao consumidor ou para empresas; 
  • serviços de alimentação / food service: incluem serviços como restaurantes e fastfoods, mas também restaurantes anexados a indústrias, lanchonetes, bufês etc.; também inclui serviços de instituições sociais como hospitais, creches, escolas etc. 

Veja abaixo as recomendações de temperatura da Portaria CVS 5/2013 para esses serviços: 

A) Temperatura de recebimento para carnes e pescados 

  • Peixes e pescados refrigerados: de 2°C a 3°C. 
  • Carnes bovina ou de frango refrigeradas: de 4°C a 7°C. 
  • Carnes, pescados e demais produtos congelados: igual ou inferior a -12°C. 

Para a armazenagem, a portaria determina que seja seguido o prazo de validade informado pelos fabricantes.

Entretanto, na ausência dessas informações, o prazo de validade a ser seguido deve levar em conta a forma de armazenagem dos produtos, que pode ser sob refrigeração ou congelamento. Veja as recomendações:

B) Carnes congeladas: temperatura de armazenagem + Validade 

Os prazos de validade em congelamento são iguais para todos os tipos de carnes, mas variam conforme a faixa de temperatura que é aplicada:  

  • 0°C a -5°C: 10 dias. 
  • -6°C a -10°C: 20 dias. 
  • -11°C a -18°C: 30 dias. 
  • -18°C ou ainda mais baixa: 90 dias. 

CONHEÇA: Solução de monitoramento de temperatura SyOS para produtos perecíveis 

C) Carnes refrigeradas: temperaturas de armazenagem + Validade 

Para refrigeração, os prazos e a temperatura máxima variam por tipo de produto: 

  • Pescados: máximo de 2°C por até 3 dias. 
  • Carnes bovina e suína, aves (frango inclusive): máximo de 4°C por até 3 dias. 
  • Espetos mistos, bife rolê, carnes empanadas cruas ou preparações com carne moída: máximo de 4°C por até 2 dias. 
  • Frios e embutidos, fatiados, picados ou moídos: máximo de 4°C por até 3 dias. 
  • Alimentos pós-cocção, exceto pescados: máximo de 4°C por até 3 dias. 
  • Pescados/peixes pós-cocção: máximo de 2°C por até 1 dia. 

ACABE COM AS PERDAS: Alarmes de temperatura SyOS com Inteligência Artificial 

SyOS: monitore online a temperatura de carnes e pescados com alarmes de produtos em risco 

monitoramento de temperatura

A solução de monitoramento da SyOS é uma aliada no controle de qualidade de carnes e outros produtos perecíveis. Veja como nossa tecnologia pode ajudar sua empresa a garantir produtos na temperatura certa: 

Monitoramento online com Internet das Coisas (IoT) 

A SyOS usa sensores conectados à internet para digitalizar os procedimentos de controle de temperatura e tornar seus POPs mais eficiente. Confira os benefícios dos nossos sensores inteligentes conectados à internet: 

  • Fim dos processos manuais com a digitalização do monitoramento; 
  • Acesso aos dados a qualquer momento e de qualquer lugar; 
  • Dashboard online com indicadores, históricos, relatórios e dados brutos; 
  • Visão intuitiva do mapa da operação e da eficácia dos equipamentos monitorados. 

Prevenção de perdas com Inteligência Artificial 

O sistema de alarmes da SyOS usa Inteligência Artificial ativa 24 horas por dia, permitindo identificar desvios perigosos na temperatura a qualquer momento, inclusive à noite, aos fins de semana e quando lojas e serviços estão fechados. Veja as vantagens: 

  • Alarmes de produto em risco para prevenção de perdas; 
  • Alarmes parametrizáveis e baseado no aprendizado da Inteligência Artificial sobre as características de cada equipamento; 
  • Classificação da eficácia dos equipamentos com base no histórico da temperatura. 

Compliance: processos eficientes e conformidade em inspeções e auditorias 

Garanta conformidade com as principais normas que regulam o controle de temperatura e as Boas Práticas para transporte, armazenamento e manipulação de produtos perecíveis. Veja as vantagens:  

  • Sensores com certificado de calibração; 
  • Alta precisão de leitura; 
  • Relatórios para fiscalização com assinatura eletrônica; 
  • Relatórios personalizáveis; 
  • Dados com controle de acesso e seguros contra fraudes. 

Comece a prevenir a perda de carnes e outros produtos perecíveis no seu supermercado. Agende sua demonstração grátis e conheça nosso sistema de monitoramento online. 

Demonstração gratuita

Sobre a SyOS

Somos uma startup que tem o objetivo de revolucionar a cadeia do frio no Brasil, através de tecnologias de IoT e Inteligência Artificial aplicadas no monitoramento de produtos que precisam de uma temperatura ideal para manter sua qualidade, como alimentos, vacinas e medicamentos.    

Com isso, empresas que atuam com a gestão do frio têm acesso a dados, relatórios e alertas que ajudam a tomar decisões para otimizar suas operações, evitar a não conformidade e reduzir prejuízos. 

Descubra mais sobre a SyOS ou entre em contato com o nosso time de especialistas para conhecer melhor nossa solução. 

Leave a Comment