8 ferramentas de gestão da qualidade para usar no seu supermercado 

A área de gestão da qualidade é uma das áreas mais importantes dentro dos supermercados, já que suas ações têm impacto na preservação dos produtos perecíveis e na imagem que os consumidores têm sobre o serviço prestado. 

Para garantir processos adequados, os profissionais dessa área costumam recorrer às 7 ferramentas de gestão da qualidade, conjunto que foi conceituado por Kaoru Ishikawa, um dos maiores especialistas na área da qualidade e que deu nome ao famoso Diagrama de Ishikawa.  

Esse conjunto de ferramentas é formado pelo histograma, o diagrama de Ishikawa (ou espinha de peixe), o diagrama de Pareto, o diagrama de dispersão, o fluxograma, a folha de verificação (checklist) e a carta de controle. 

Neste guia da SyOS, vamos explicar a função de cada uma delas e como podem ser usadas pelos supermercados para a melhoria de processos, especialmente na gestão de produtos refrigerados e congelados. 

A lista também vem com uma ferramenta bônus, o brainstorming, que pode ser aplicado como um facilitador dos processos de melhoria. Boa leitura! 

Os princípios da gestão da qualidade segundo a ISO 9001 

As ferramentas da gestão da qualidade têm fundamentos que justificam o seu uso nas empresas. 

Eles estão na norma ISO 9001 de 2015 na forma de oito princípios importantes para qualquer tipo de organização, incluindo supermercados. Ao segui-los, as empresas facilitam a melhoria contínua e a criação de uma cultura voltada para a excelência operacional. Veja quais são: 

Agora, conheça a nossa lista com 8 ferramentas importantes para a gestão da qualidade em supermercados e demais empresas do varejo. 

8 ferramentas de gestão da qualidade para o seu supermercado [LISTA]  

1) Brainstorming 

O brainstorming é uma técnica colaborativa utilizada para gerar ideias e soluções por meio da contribuição de diferentes membros de uma equipe. 

Em uma sessão de brainstorming, os participantes têm a liberdade de sugerir ideias sem julgamentos ou críticas iniciais, permitindo a inovação e a criação de soluções criativas para problemas diversos. 

Por isso, mesmo não fazendo parte do conjunto clássico de ferramentas de gestão da qualidade, essa técnica é uma facilitadora de processos que exigem pensar de maneira inovadora. 

Brainstorm no controle de qualidade de supermercados

Apesar de o controle de qualidade ser regido por normas e legislações rigorosas, é essencial encontrar formas inovadoras de aplicar essas diretrizes. 

O brainstorming permite que equipes discutam abertamente os desafios do dia a dia, como o controle de perecíveis, a prevenção de perdas e a melhoria dos procedimentos, gerando ideias para a implementação de soluções mais eficazes e criativas. Além disso, abre espaço para discutir mudanças no mercado e novas informações e pesquisas que impactam no setor varejista. 

2) Fluxograma 

O fluxograma é uma representação gráfica de um processo que ajuda na visualização clara das etapas de trabalho, desde o início até a conclusão.  

Ao mapear um processo por meio de um fluxograma, fica mais fácil identificar gargalos, redundâncias ou etapas desnecessárias. Isso ajuda as equipes de gestão de qualidade a otimizar operações, garantindo que todas as atividades sejam realizadas de forma correta e no tempo certo. 

Como o fluxograma pode ajudar em supermercados

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3) Histograma 

O histograma é uma ferramenta estatística de controle de qualidade que exibe a distribuição de dados de maneira gráfica, geralmente utilizando barras. Ele é utilizado para organizar grandes volumes de dados em intervalos (ou “classes”) e mostrar com que frequência esses dados aparecem em cada intervalo. 

Ele é particularmente útil para identificar padrões, variações e tendências em um processo ao longo do tempo, tornando mais fácil observar anomalias ou desvios. 

Cada barra em um histograma representa a frequência com que um determinado intervalo de valores ocorre, permitindo a visualização rápida da distribuição dos dados.  

Como o histograma pode ser usado no controle de qualidade de supermercados

Se um supermercado deseja estudar e monitorar a quantidade de perdas por produtos perecíveis, o histograma pode mostrar a frequência dessas perdas ao longo dos meses, ajudando a identificar se há um aumento, uma diminuição ou uma estabilidade. 

Um exemplo de perda que pode ser analisada é o aumento das perdas por má-refrigeração ou pela perecibilidade de alimentos. A partir disso, as equipes podem ajustar processos e corrigir falhas antes que se tornem mais sérias. 

4) Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe 

Criado por Kaoru Ishikawa em 1943, o diagrama de Ishikawa é uma ferramenta visual largamente usada no controle de qualidade que auxilia na análise de causas e efeitos, permitindo identificar as origens de problemas complexos. 

Seu formato semelhante a uma espinha de peixe torna fácil a visualização das diferentes causas que podem contribuir para um único problema, dando aos gestores uma visão sistêmica de alguns problemas. 

Como diagrama espinha de peixe pode ajudar supermercados

Após identificar tendências preocupantes com o uso de ferramentas como o histograma, o diagrama de Ishikawa pode ser usado para aprofundar a análise e descobrir as causas menores (mas relevantes) de um problema, como falhas no controle de temperatura ou procedimentos inadequados de manipulação de alimentos. 

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5) Diagrama de Pareto 

O diagrama de Pareto é utilizado para classificar problemas de acordo com sua importância, ajudando a priorizar a resolução daqueles que têm maior impacto. 

Ele é baseado na regra de Pareto, ou princípio 80/20, uma técnica de priorização que diz que 80% dos efeitos vêm de 20% das causas. 

O diagrama de Pareto é uma representação visual desse princípio, em que os problemas são organizados em um gráfico de barras, do maior para o menor impacto, ajudando as equipes a focarem seus esforços nas causas mais significativas dos problemas, em vez de tentar resolver todas as questões ao mesmo tempo. 

Aplicação do diagrama de Pareto no controle de qualidade de supermercados

Em um supermercado, o diagrama de Pareto pode ser aplicado para priorizar as perdas mais críticas, como as associadas a produtos de alto valor agregado. Veja mais alguns exemplos: 

• análise de perdas: o diagrama pode ajudar a classificar as causas das perdas por ordem de impacto financeiro. Exemplo: se 80% do impacto financeiro das perdas é causado por 20% dos produtos (como carnes de alto valor ou produtos muito perecíveis), ao focar na causa dessas perdas mais impactantes, a equipe pode reduzir significativamente os prejuízos. 

• reclamações de clientes: se um supermercado registra reclamações de clientes, o diagrama de Pareto pode ser aplicado para identificar quais são os principais motivos. Exemplo: pode-se descobrir que 80% das reclamações estão relacionadas a 20% dos problemas, como atendimento ou qualidade de produtos específicos. 

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6) Diagrama de dispersão 

O diagrama de dispersão é uma ferramenta que busca identificar correlações entre variáveis, permitindo observar se há uma relação entre duas ou mais características de um processo. Essa ferramenta pode complementar o diagrama de Pareto ao revelar fatores que não estavam evidentes antes. 

Por que usar o diagrama de dispersão no controle de qualidade do seu supermercado

No controle de qualidade de supermercados, o diagrama de dispersão pode ser utilizado para entender, por exemplo, se as perdas de produtos estão correlacionadas com um período específico do dia, do mês ou do ano, ou ainda com mudanças sazonais de temperatura. Isso permite conhecer com profundidade as variáveis que impactam na operação do supermercado para planejar ações preventivas. 

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7) Folha de verificação ou Checklist 

O checklist, ou folha de verificação, é uma ferramenta simples, mas extremamente eficaz no controle de qualidade. Ele consiste em uma lista de itens ou tarefas que devem ser realizados em um processo específico. 

O objetivo principal do checklist é garantir que todas as etapas necessárias sejam seguidas corretamente e de forma padronizada, minimizando falhas e garantindo a conformidade com normas e padrões. 

Os checklists são amplamente utilizados em diversos setores, e nos supermercados não é diferente. Eles ajudam a garantir que os processos diários, como o controle de temperatura de produtos perecíveis, higienização, manipulação de alimentos e controle de inventário, sejam executados com menos erros e que todos os detalhes sejam levados em conta. 

Como os checklists podem ajudar os supermercados

No controle de temperatura, o checklist deve indicar as faixas de temperatura recomendadas para cada tipo de produto, como essas medições devem ser realizadas e como os dados devem ser coletados. É uma ferramenta viva, que deve ser revisada e atualizada de acordo com as melhores práticas e novas diretrizes. 

Nos supermercados, os checklists são utilizados para garantir que as operações sejam realizadas com segurança e qualidade. Veja alguns exemplos de sua aplicação: 

A folha de verificação é uma ferramenta viva que deve ser revisada e atualizada de acordo com as melhores práticas e novas diretrizes que incidem sobre o trabalho executado. Veja alguns exemplos de aplicação: 

• checklist de controle de temperatura: no controle de alimentos perecíveis congelados ou refrigerados, um checklist pode incluir itens como a verificação diária das temperaturas de refrigeradores e freezers, a anotação dessas medições e as ações corretivas caso a temperatura esteja fora dos limites estabelecidos. Isso ajuda a garantir que os produtos sejam mantidos em condições adequadas, evitando perdas e garantindo a segurança alimentar; 

• checklist de limpeza e higiene: a limpeza de ambientes como prateleiras, gôndolas, áreas de manipulação de alimentos e equipamentos de refrigeração pode ser monitorada com um checklist detalhado que inclua a frequência da limpeza e os produtos a serem utilizados; 

• checklist de manipulação de alimentos: para garantir que a manipulação de alimentos frescos, carnes e outros itens seja feita de acordo com as normas de segurança alimentar, um checklist pode incluir itens como o uso de luvas, o controle da temperatura durante a preparação e o descarte adequado de resíduos; 

• checklist de controle de estoque: um checklist pode ser utilizado para garantir que os inventários sejam feitos de maneira consistente, registrando itens devidamente, verificação de prazos de validade e a reposição correta nas gôndolas. 

8) Carta de controle 

As cartas de controle, ou gráficos de controle, são ferramentas utilizadas para monitorar a variação de processos ao longo do tempo, indicando se um processo está dentro dos parâmetros estabelecidos ou se há desvios. Elas são essenciais para acompanhar o desempenho e evitar falhas antes que se agravem. 

Carta de controle e sua aplicação na qualidade de supermercados

Em supermercados, as cartas de controle podem ser utilizadas para monitorar, por exemplo, a tendência de perdas de produtos em estoque, permitindo que os gestores implementem ajustes antes que os problemas causem prejuízos significativos. 

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A solução de monitoramento SyOS traz dashboards detalhados de eficácia operacional e emite alarmes de prevenção de perdas para o seu supermercado.  

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Sobre a SyOS

Somos uma startup que tem o objetivo de revolucionar a cadeia do frio no Brasil, através de tecnologias de IoT e Inteligência Artificial aplicadas no monitoramento de produtos que precisam de uma temperatura ideal para manter sua qualidade, como alimentos, vacinas e medicamentos.    

Com isso, empresas que atuam com a gestão do frio têm acesso a dados, relatórios e alertas que ajudam a tomar decisões para otimizar suas operações, evitar a não conformidade e reduzir prejuízos. 

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